Conto: Encontro na Loja de Roupas
Mariana sempre gostou de trabalhar na boutique. Adorava o contato com os tecidos e o ambiente elegante, mas, às vezes, o tédio tomava conta em tardes tranquilas. Até que naquele dia, um homem entrou na loja.
Alto, de postura firme e olhar penetrante, ele caminhava com uma segurança que despertou sua curiosidade. Aproximou-se das araras, deslizando os dedos pelas camisas com uma certa indecisão. Mariana, observando-o de longe, sentiu uma faísca de atração.
— Posso ajudar em algo? — perguntou, aproximando-se com um sorriso discreto.
— Acho que sim — respondeu ele, olhando-a nos olhos de forma intensa. — Preciso de algo... diferente. Algo que chame atenção, mas sem parecer que estou tentando demais.
Mariana sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Caminhou até uma arara próxima e pegou uma camisa de linho preto.
— Essa aqui. É elegante, mas tem um toque sensual. — O tom de voz dela saiu um pouco mais baixo do que o usual.
Ele aceitou a camisa, mas ao invés de se dirigir ao provador imediatamente, ficou parado, estudando Mariana.
— Acho que preciso de algo mais. Talvez... sua opinião pessoal? — disse ele, aproximando-se mais um pouco, sua voz grave enchendo o ar entre eles.
Ela sentiu o ar esquentar. Com uma leve mordida no lábio inferior, pegou uma calça de tecido fino e o conduziu ao provador. Quando ele entrou, Mariana ficou à espera, os pensamentos borbulhando, imaginando como ele ficaria naquela roupa... ou sem ela.
Poucos minutos depois, ele saiu do provador, a camisa perfeitamente ajustada ao seu corpo atlético. Cada detalhe dos músculos era sutilmente revelado pelo tecido fino.
— E então? — perguntou ele, sua voz baixa e rouca, cheia de uma provocação explícita.
Mariana engoliu em seco, suas palavras falhando por um momento.
— Ficou... ótimo — disse ela, caminhando em sua direção, como que hipnotizada pelo magnetismo dele.
— Tenho certeza que ainda pode melhorar. — Ele segurou o olhar dela, puxando-a levemente pela mão para dentro do provador, fechando a cortina com um movimento rápido.
O espaço pequeno e apertado aumentou a tensão entre eles. Mariana sentiu as mãos dele deslizarem pela lateral de seu corpo, até tocarem a cintura. O ar parecia pesado, carregado de uma energia pulsante.
— Você tem um gosto impecável — ele murmurou, seus lábios roçando o pescoço dela, provocando arrepios. — Talvez possa me ajudar a tirar essa camisa também.
Mariana, agora completamente envolvida, deslizou as mãos pelo peito dele, sentindo a firmeza sob o tecido. Com um movimento lento e deliberado, começou a desabotoar a camisa, botão por botão. O corpo dele era quente, o cheiro de sua pele, intoxicante. Quando a última peça de roupa foi removida, os corpos se aproximaram em uma fusão inevitável, cada toque uma promessa de mais.
Ele a encostou contra a parede do provador, seus corpos colados, as respirações pesadas. As mãos dele exploraram suas curvas, enquanto os lábios se encontravam em um beijo ardente e faminto. Ela sentia o desejo explodindo dentro de si, e nada mais parecia importar além daquele momento, daquele toque.
A loja estava vazia, e naquele instante, o mundo se resumia àquele pequeno espaço. O calor de seus corpos se misturava à luxúria que preenchia o ar, cada toque carregado de uma urgência irresistível.