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Conto: Casa de Campo

Conto: Casa de Campo

A velha casa de campo, escondida entre colinas e rodeada por campos verdejantes, parecia saída de um sonho. Suas paredes de pedra, cobertas de hera, misturavam-se ao cenário bucólico. A madeira rústica do alpendre rangia suavemente com o vento, enquanto as janelas de vidro antigo refletiam o brilho dourado do sol do fim da tarde. Ao redor, o aroma da terra úmida e das flores selvagens se espalhava pelo ar, criando uma atmosfera de tranquilidade e isolamento.

Lara, uma Acompanhante de Luxo, havia escolhido aquele lugar para fugir do caos da cidade, ansiosa por um fim de semana de paz. Chegara cedo naquela manhã, sozinha, com uma mala pequena e um desejo profundo de se reconectar consigo mesma. Na cidade, onde levava sua vida como uma Garota de Programa, a vida parecia sempre correr, mas ali, naquela casa de campo em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, o tempo parecia desacelerar, permitindo que ela respirasse de novo.

Depois de passar o dia caminhando pelos campos e descansando à sombra de uma árvore, Lara decidiu explorar mais a casa. Havia algo de especial ali, uma sensação de acolhimento, como se as paredes guardassem histórias secretas. Ao abrir a porta do antigo quarto principal, encontrou uma grande cama de madeira com lençóis brancos e uma lareira que parecia chamar por um fogo crepitante.

O sol já começava a se pôr quando Lara acendeu a lareira, o calor suave preenchendo o ambiente. A luz da chama refletia nas paredes, lançando sombras dançantes pelo quarto. Sentada em uma poltrona próxima à janela, ela observava o horizonte tingido de laranja e vermelho, sentindo-se cada vez mais envolvida pela calma daquele lugar.

Então, um som suave veio da porta. Lara se levantou, confusa. Não esperava visitas, mas havia uma curiosidade crescente dentro dela. Ao abrir a porta da frente, encontrou um homem parado na soleira. Alto, de cabelos levemente desgrenhados e um sorriso convidativo, ele segurava uma cesta com flores frescas e frutas, como se já fizesse parte daquele cenário.

"Desculpe aparecer sem avisar," disse ele, o tom da voz profundo e gentil. "Sou Gabriel, cuido da propriedade ao lado. Trouxe isso para você, uma forma de boas-vindas."

Lara sorriu, surpresa com a visita inesperada. Havia algo nele, na forma como seus olhos brilhavam sob a luz da lua crescente que agora começava a surgir no céu, que a fazia sentir uma conexão imediata. Ele entrou, deixando a cesta sobre a mesa de madeira, enquanto o cheiro das frutas frescas preenchia o ar junto com o calor da lareira.

A conversa entre os dois fluiu naturalmente, como se fossem velhos amigos reencontrando-se. Gabriel contava histórias da região, dos mistérios e lendas que cercavam a casa e os campos ao redor. Lara ouvia com atenção, fascinada, sentindo uma sensação de pertencimento crescer dentro dela, como se aquele lugar fosse seu lar há muito tempo.

À medida que a noite avançava, a proximidade entre os dois aumentava. Sentaram-se juntos à beira da lareira, o crepitar do fogo como trilha sonora para o silêncio confortável que os envolvia. Lara sentiu o olhar dele sobre ela, quente e cheio de algo mais. Quando ele se aproximou, o mundo ao redor pareceu desaparecer. Gabriel a tocou suavemente, seus dedos deslizando pelo braço dela, provocando arrepios.

O calor da lareira era nada comparado ao que sentiam naquele momento. Quando seus lábios finalmente se encontraram, foi como se todas as dúvidas e ansiedades se dissolvessem. A casa de campo, silenciosa testemunha daquele encontro, parecia protegê-los, como se aquele momento fosse único e intocado pelo tempo.

Lara sentiu-se viva, conectada não apenas com Gabriel, mas com a própria natureza ao redor. Cada toque, cada suspiro, era intensificado pela simplicidade e pela beleza do lugar. O vento lá fora fazia as árvores sussurrarem, enquanto a noite se estendia tranquila, envolta em mistério e desejo.

Quando a madrugada finalmente chegou, com a luz suave do novo dia entrando pelas janelas, Lara se levantou, sentindo o calor do corpo de Gabriel ao seu lado. Olhou ao redor da casa, agora cheia de vida, e soube que aquele momento ficaria para sempre gravado em sua memória, como um sonho vivido numa casa de campo, em Pinhais, onde tudo parecia possível e o amor florescia tão livremente quanto as flores selvagens que cresciam ao redor.

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