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Conto: O Jogo do Poder entre Pinhais e Curitiba

Conto: O Jogo do Poder entre Pinhais e Curitiba

Alice vivia em Pinhais, uma cidade em constante transformação, às margens de Curitiba. Embora a vida em Pinhais fosse menos agitada do que na capital, Alice escolheu morar ali por uma razão simples: era um lugar onde ela podia se esconder à vista de todos. Discreta, com um apartamento confortável em um condomínio seguro, ela levava uma vida que, para a maioria, parecia comum. Contudo, ao anoitecer, Alice vestia outra identidade — a de uma acompanhante de luxo altamente requisitada pelos grandes empresários de Curitiba.

De manhã, ela poderia ser vista correndo no parque, tomando um café em uma padaria local, ou caminhando pelas ruas tranquilas de Pinhais. De noite, era diferente. Em Curitiba, sua clientela se compunha da elite empresarial, homens poderosos que frequentavam os escritórios nos arranha-céus do Batel, donos de grandes corporações e investidores que tomavam decisões que movimentavam milhões. Alice se especializara em entender esses homens — e mais importante ainda, em fazê-los sentir que, por algumas horas, tinham controle total sobre o mundo ao seu redor.

Naquela noite, Alice tinha um compromisso com um dos seus clientes mais influentes, Roberto. Ele era CEO de uma multinacional de tecnologia com sede em Curitiba e, embora mantivesse uma imagem pública impecável, era conhecido nos círculos mais restritos pelo gosto pela companhia de mulheres como Alice. Inteligente e calculista, Alice sabia como manter a ilusão de poder que ele tanto prezava.

Antes de sair, ela se olhou no espelho. Sua preparação era meticulosa: um vestido de seda preto, sem exageros, mas com o corte preciso que ressaltava sua figura elegante. Nos pés, saltos finos que a faziam parecer ainda mais imponente. Seu cabelo loiro estava preso em um coque sofisticado, deixando à mostra o pescoço delicado, realçado por uma joia discreta. Alice sabia que o poder estava nos detalhes.

Enquanto dirigia pela BR-116, que ligava Pinhais ao coração de Curitiba, a cidade grande brilhava à sua frente, como um imenso tabuleiro de xadrez onde ela jogava com maestria. Pinhais ficava para trás, com sua tranquilidade, enquanto Alice se preparava mentalmente para a noite que a aguardava. O encontro seria em um restaurante exclusivo, um lugar reservado para poucos, onde a elite se reunia para fechar acordos bilionários e tomar vinhos caríssimos. Para Alice, aquele ambiente já era familiar, mas sempre trazia consigo uma certa eletricidade.

Quando chegou ao local, o porteiro a cumprimentou com um sorriso que indicava que ele já a conhecia. Alice era uma presença constante ali, mas jamais a tratavam como uma garota de programa — para todos os efeitos, ela era uma mulher elegante, uma convidada à altura dos poderosos que frequentavam o local. Ela foi levada a uma mesa reservada no fundo do salão, onde Roberto já a esperava.

— Alice, sempre tão pontual, — disse ele, levantando-se para cumprimentá-la.

— Eu aprendi que os melhores negócios acontecem quando não se perde tempo, — respondeu ela com um sorriso enigmático.

Roberto sorriu de volta, claramente encantado com a presença dela. Para ele, Alice era mais do que apenas beleza física. Sua inteligência, sua capacidade de ouvir e sua maneira discreta de falar exatamente o que ele queria ouvir faziam dela indispensável em suas noites solitárias na capital. Ele não pagava apenas por companhia — pagava por uma experiência que o fazia sentir-se no controle de tudo, algo que, ironicamente, ele raramente tinha em seu mundo de negócios, onde estava sempre cercado por pressões e expectativas.

— Como estão as coisas no mundo das grandes corporações? — perguntou ela, casualmente, enquanto folheava o cardápio.

Roberto soltou um suspiro, tomando um gole de seu vinho antes de responder.

— Intensas como sempre. Mas hoje não quero falar sobre negócios, Alice. Hoje, quero apenas relaxar e aproveitar sua companhia, — ele disse, com um sorriso cansado.

Alice sabia que, para Roberto, suas horas com ela eram um refúgio. Ela não era apenas uma mulher bonita ao lado dele — era alguém que compreendia a necessidade de poder e controle que ele buscava na vida. Enquanto o jantar seguia, com pratos refinados e conversas que oscilavam entre o trivial e o profundo, Alice desempenhava seu papel com precisão.

Após o jantar, Roberto a levou para uma cobertura luxuosa em um hotel cinco estrelas. Lá de cima, as luzes de Curitiba brilhavam como constelações, e Alice observava a cidade sob seus pés, sabendo que, por trás de toda aquela grandiosidade, existiam histórias ocultas como a dela. No quarto, as formalidades se dissolveram. Para Roberto, ela era a fuga perfeita de um mundo que o sufocava, e para Alice, era apenas mais uma parte do jogo.

Enquanto ele relaxava, deitado na cama após horas de conversa e carícias, Alice olhou pela janela, observando o movimento da cidade abaixo. Sabia que voltaria para Pinhais ao amanhecer, onde seria apenas mais uma entre os moradores da cidade. Ninguém ali jamais suspeitaria da vida dupla que ela levava, e era exatamente assim que ela queria.

Quando o relógio marcava quase 4h da manhã, Alice se levantou silenciosamente. Vestiu-se com a mesma elegância com que havia chegado e deixou o quarto sem fazer barulho. A cidade estava mais calma naquele horário, e ela sabia que o caminho de volta seria rápido. Enquanto dirigia pela estrada escura, pensou nas vidas que tocava em Curitiba, nas conversas que moldava, nas ilusões que criava para homens poderosos que, de alguma forma, dependiam dela para manter seu equilíbrio.

Ao chegar em Pinhais, o amanhecer começava a iluminar as ruas. Alice estacionou o carro em frente ao seu prédio e subiu para seu apartamento. O cheiro familiar do lugar a envolveu assim que ela entrou. Tirou os saltos, soltou o cabelo e trocou o vestido luxuoso por um pijama confortável. No silêncio da sua casa, ela não era mais a mulher sofisticada que os empresários de Curitiba conheciam. Era apenas Alice, uma mulher que sabia jogar o jogo do poder como ninguém, movendo-se entre mundos com a destreza de uma mestre.

E, enquanto fechava os olhos, sabia que logo voltaria para a capital, para mais uma rodada desse jogo.

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