Conto: Sob a Lua da Fazenda
A noite na fazenda era tranquila, o céu aberto pontilhado de estrelas, e a lua cheia iluminava os vastos campos que se estendiam até onde os olhos podiam ver. Juliana, após um longo dia de trabalho, caminhava lentamente em direção ao celeiro. Gostava de aproveitar o frescor da noite, quando o calor do dia já havia se dissipado e tudo parecia mais calmo, quase mágico.
Ela usava um vestido leve de algodão, que balançava ao ritmo de seus passos. Ao longe, viu um homem alto se aproximar. Era Mateus, o novo peão da fazenda. Forte e misterioso, ele havia chegado há poucos dias, mas já despertava a atenção de todos, principalmente a dela. Seus encontros breves, trocando olhares rápidos e sorrisos tímidos, já a faziam sentir uma curiosidade crescente por aquele homem.
— Está aproveitando a noite? — perguntou ele, com a voz rouca e baixa, assim que a alcançou.
Juliana sorriu, um pouco sem jeito, mas encantada com a presença dele.
— Sim. A fazenda fica ainda mais bonita à noite — respondeu, seus olhos brilhando sob a luz da lua.
Mateus se aproximou, e ela pôde sentir o calor de seu corpo mesmo com a leve brisa que soprava. Ele a encarou por um momento, seus olhos escuros refletindo uma vontade inegável, e sem dizer mais nada, tomou a mão dela, puxando-a para o celeiro.
Dentro, o cheiro de feno e de terra se misturava ao som suave dos grilos lá fora. O ambiente estava envolto em uma penumbra acolhedora, e o coração de Juliana batia acelerado. Ele a encostou suavemente contra a parede de madeira, seus corpos agora tão próximos que ela podia sentir a respiração dele em seu pescoço.
— Eu venho te observando desde que cheguei — confessou Mateus, com a voz carregada de desejo. — E tudo o que quero é você.
Juliana não resistiu. Sem palavras, seus lábios encontraram os dele, e o beijo foi intenso, cheio de uma paixão que ambos haviam segurado por dias. As mãos de Mateus deslizaram por sua cintura, subindo pelo corpo dela, enquanto Juliana explorava cada músculo firme sob a camisa aberta dele. O toque era urgente, como se o desejo que os consumia tivesse esperado tempo demais para ser liberado.
O feno macio no chão foi o palco onde os corpos se encontraram, em uma dança de entrega total. A cada carícia, a cada suspiro, o mundo lá fora desaparecia, restando apenas o calor deles, misturado ao cheiro da terra e do campo. A fazenda, silenciosa, parecia guardar o segredo daquele momento de pura paixão.
Sob a luz suave da lua que entrava pelas frestas do celeiro, eles se amaram como se o tempo fosse parar ali, naquela noite perfeita, cercados pela natureza que os envolvia. Juliana sentiu a pele de Mateus contra a dela, o calor de seus corpos se misturando com a frescura da noite, e soube que aquele encontro seria lembrado sempre, como uma chama que queimava forte e profunda dentro dela.
Quando tudo terminou, eles ficaram deitados, lado a lado, respirando o ar fresco da noite, enquanto o som dos animais ao longe e o balançar das folhas criavam uma trilha sonora calma e reconfortante. E, sob o céu estrelado da fazenda, Juliana sabia que nunca mais olharia para aquela noite da mesma maneira.